Isabella
Fratura em punho de Isabella é comum em movimentos de defesa, diz IML
Fabiana Parajara, O Globo Online
SÃO PAULO - Terminou o segundo depoimento de testemunhas de acusação contra o casal Nardoni. Ao contrário da ordem prevista inicialmente, o segundo a ser ouvido foi um dos diretores do Instituto de Criminalística (IC), José Antônio de Moraes. Ele falou por 11 minutos apenas e respondeu questões referentes ao método de trabalho, os equipamentos usados (que seriam de última geração) e também sobre os produtos usados nas análises, como luzes e reagentes.
Questionado pelo promotor Francisco Cembranelli, ele ainda afirmou que o trabalho recebeu elogios verbais dos superiores. A defesa do casal Nardoni fez apenas uma pergunta: quis saber se o Instituto tem um setor específico para acompanhamentos de laudos rejeitados. Moraes afirmou que não tinha conhecimento sobre um trabalho desse tipo.
O depoimento da terceira testemunha de acusação, o legista Paulo Sérgio Tieppo Alves, do Instituto Médico Legal (IML)começou às 16h27m. Alves afirmou que a fratura constatada no punho de Isabella Nardoni é mais comum em movimentos de defesa da criança. O ferimento, segundo ele, não condiz com a queda do sexto andar.
Depois de explicar sobre o método de trabalho no IML, o legista contou que teve um primeiro contato com o corpo da criança por volta das 5h15m de 30 de março. Ele afirmou que foi verificar se o corpo tinha ferimentos com sangramento, à pedido de um investigador de polícia.
Ele disse que o exame propriamente dito só começou às 9h da manhã e que ao meio dia ele e outro legista foram ao local do crime porque perceberam que as lesões de Isabella não eram características da queda, como asfixia e poucos ferimentos externos. Ele disse que a questão foi discutida com outros legistas do Instituto e confirmadas por exames radiológicos.
Segundo ele, o laudo sobre a morte da criança foi feito com base na experiência dos legistas, consultas a outros especialistas e na literatura médico legal. Contestando informações dos peritos contratados pela defesa do casal, Alves afirmou que não existem duas mortes, mas causas que contribuem para a morte. Ele ainda informou que foram encontradas secreções de vômito nas narinas internas de Isabella, nas vestes e no exame microscópicos dos pulmões.
No intervalo entre os depoimentos, Anna Carolina e Alexandre chegaram a conversar. Eles acompanham os depoimentos com a cabeça levantada.
Publicado no Globo Online em 17 de junho de 2008 às 17h59m
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home