Achados e Perdidos

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Sonhadora


Reúno aqui, palavras, idéias e sentimentos. Se algum deles for seu e você não quiser que aqui estejam, me avise. Se algum deles for de alguém e estiver sem crédito, me conte. Espero que algum texto lhe toque assim como me tocou.


30 outubro 2006

João Saldanha






" ... Fui contrabandista de armas aos seis anos de idade, líder estudantil aos 20 anos, dono de cartório aos 33, membro do Partido Comunista Brasileiro a vida toda. Também fui jogador e técnico de futebol, campeão de basquete, jornalista, comentarista de rádio e televisão, analista de escola de samba, escritor, co-autor de enciclopédia, ator de cinema, candidato a vice-prefeito. Participei da Grande Marcha com Mao Tsé-tung, desembarquei na Normandia com Montgomery. Casei-me cinco vezes. Briguei muito e nunca levei a pior. Assisti a todas as Copas do Mundo ... Isso dizem que eu fui: um grande personagem. Contraditório como costumam ser alguns deles. Lúcido e confuso ao mesmo tempo. Inteligente e ingênuo. Gentil e explosivo. Justo e absurdo. O melhor dos amigos e o pior dos inimigos. Um apaixonado pela verdade caminhando sobre nuvens de fantasia. É o que dizem. Parece que vivi várias vidas, sempre entre a lenda e a realidade. Muito querido, reconheço, mas desconfio de que bem mais como mito do que como ser humano".

"Foi amor a primeira vista. João Saldanha, então com 14 anos, apaixonou-se pelo Rio assim que viu o Corcovado, o Pão de Açúcar, o mar e a areia então muito branca de Copacabana. O Rio era de fato uma cidade maravilhosa, com o poder de transformar em carioca todo não-carioca que nela desembarcasse. O capixaba Rubem Braga - outro forasteiro que o Rio adotou - assim definiu, num instante de saudade, seu amigo João Saldanha: "Um cara que não perdeu aquele topete gaúcho e incorporou muito da malícia carioca."


In "João Saldanha : sobre nuvens de fantasia", de João Máximo, que comecei a a ler esta manhã.

Instantes

Instantes
Si pudiera vivir nuevamente mi vida. En la próxima trataría de cometer más errores.
No intentaría ser tan perfecto, me relajaría más. Sería más tonto de lo que he sido, de hecho tomaría muy pocas cosas con seriedad. Sería menos higiénico.
Correría más riesgos, haría más viajes, contemplaría más atardeceres, subiría más montañas, nadaría más ríos.
Iría a más lugares adonde nunca he ido, comería más helados y menos habas, tendría más problemas reales y menos imaginarios.
Yo fui una de esas personas que vivió sensata y prolíficamente cada minuto de su vida; claro que tuve momentos de alegría.
Pero si pudiera volver atrás trataría de tener solamente buenos momentos.
Por si no lo saben, de eso está hecha la vida, sólo de momentos; no te pierdas el ahora.
Yo era uno de esos que nunca iban a ninguna parte sin un termómetro, una bolsa de agua caliente, un paraguas y un paracaídas; si pudiera volver a vivir viajaría más liviano.
Si pudiera volver a vivir comenzaría a andar descalzo a principios de la primavera y seguiría así hasta concluir el otoño.
Daría más vueltas en calesita, contemplaría más amaneceres y jugaría con más niños, si tuviera otra vez la vida por delante.
Pero ya ven, tengo 85 años y sé que me estoy muriendo.



Li este texto no último dia 25 e como gostei, o estou colocando aqui. Ele é atribuído a Jorge Luis Borges e também a Nadine Stais. Porém, Betty Vidigal, em bem fundamenta pesquisa, comprova que não é de nenhum dos dois. Para quem se interessar em maiores detalhes sobre o assunto, sugiro visitar este link: http://www.revista.agulha.nom.br/autoria.html#betty

23 outubro 2006

14 bis

09 outubro 2006

Mírian com saudade de Mírian se encontra com ela em um outro blog







Eu não me incomodo de sentir-me sozinha, de ficar sozinha, de ser sozinha.Valorizo a solidão.Gosto da minha companhia.Mas não pense que não gosto de ter pessoas por perto, de conversar, de ter amigos e de ter uma família. Eu gosto disso tudo mas preciso de solidão. De parar e pensar. Meditar. Ou manter o pensamento vazio. Uma espécie de ausência de sentir e pensar onde se sente tudo, onde se pode harmonizar e entrar em sincronia com tudo, com o universo e a criação.Sempre fui assim e hoje, diante das atribulações e correria da vida, o que me faz falta é exatamente estes momentos de solidã onde posso encontrar-me comigo mesma.


Muchacha de Espalda, Salvador Dali, 1925

03 outubro 2006

Niemeyer 2







Vai dizer que não?

É a última cena do filme "A vida é um sopro", de Fabiano Maciel, um retrato belíssimo sobre a obra de Oscar Niemeyer. Depois de mostrar os palácios que o arquiteto distribuiu pelo mundo, mudano o padrão da arte moderna, o repórter pergunta: "O que é o mais importante na vida?" Niemeyer, com a mesma falsa simplicidade que imprimi em seus monumentos, responde: "A mulher. Não há nada mais importante que a mulher, o resto é bobagem. É ou não é?"

Publicado na Coluna Gente Boa (Joaquim Ferreira dos Santos), Jornal O Globo, 03 de outubro de 2006